terça-feira, dezembro 29, 2009
ANGRA DO HEROÍSMO
Apertada a rua pelo casario
encana carros mais que espaço,
chuva, vento e frio,
corpos arrastados pelo cansaço.
Evoluindo lento vai o movimento,
ladeira abaixo e acima.
O mosaico da calçada é um poema sem rima,
a cada pisada,
em cada figura desenhada.
Pedras negras de basalto,
antes lava de vulcão,
irregulares como o mar alto,
ditam cada tropeção.
É Angra do Heroísmo
em cada rua esguia,
nem tempestade, nem sismo,
lhe tiram a eterna magia.
Lúcio Huambo
Angra do Heroísmo, 28/12/2009.
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